Greta Thunberg afirma que Israel a sequestrou em águas internacionais
Ativista foi deportada após tentar chegar em Gaza de barco para entregar ajuda humanitária

Nesta terça-feira (10), Greta Thunberg fez uma acusação contra Israel, alegando que ela e seus companheiros ativistas pró-palestinos foram sequestrados em águas internacionais. Ela afirmou que recusou-se a um documento que declarava que sua entrada no país foi ilegal, antes de ser deportada.
Durante seu discurso no local de desembarque do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, a ativista sueca, recém-deportada de Israel, declarou que nem ela nem sua equipe infringiram qualquer lei. Ela fez um apelo pela liberação imediata dos ativistas que permaneciam em Israel.
“Deixei bem claro em meu depoimento que fomos sequestrados em águas internacionais e trazidos contra nossa vontade para Israel”, disse ela.
Ela riu das críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a descreveu como uma pessoa raivosa, dizendo: “Para ser sincera, acho que o mundo precisa de muito mais mulheres jovens e raivosas, especialmente com tudo o que está acontecendo agora.”
Thunberg, que tem 22 anos, desembarcou em Paris um dia após a “Marinha israelense” obstruir a tentativa dela e de um conjunto de ativistas pró-palestinos de navegar até Gaza.
Na manhã de segunda-feira (9), quando se aproximava de Gaza, o navio de caridade foi abordado pelas forças israelenses que tentavam romper um bloqueio naval de longa data ao território costeiro. Todos os 12 tripulantes foram capturados, incluindo Thunberg.
A ativista ambiental rejeitou a alegação de que sua tarefa de fornecer ajuda a Gaza, quebrando um longo bloqueio naval na região, era uma manobra de relações públicas. Ela afirmou que uma ação prévia com um navio maior foi interrompida após um bombardeio.
Ela disse que agora precisava desesperadamente de um banho e de um bom sono.
Thunberg confessou que não tinha certeza de qual seria seu próximo destino, informando aos jornalistas que poderia ser a Suécia.