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Governador petista diz que fala foi tirada de contexto: “Sou homem da igreja”

Jerônimo Rodrigues recua de fala polêmica sobre Bolsonaro e diz que termo “vala” foi mal colocado.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pediu desculpas nesta segunda-feira (5) após a ampla repercussão negativa de sua declaração na qual sugeriu jogar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores “na vala”. O comentário foi feito durante a inauguração de uma escola estadual na cidade de América Dourada, na última sexta-feira (2).

Segundo o petista, suas palavras foram “descontextualizadas” e utilizadas de forma distorcida:

“Nós criticamos a forma que alguém deseja a morte do outro. Eu sou uma pessoa religiosa, de família, e não vou nunca tratar qualquer opositor com um tratamento deste. Foi descontextualizada [a declaração]”, afirmou.

Jerônimo reconhece excesso: “Termo infeliz”

Durante visita às obras do Teatro Castro Alves, em Salvador, o governador reconheceu que exagerou na escolha das palavras:

“Eu apresentei minha inconformação de como o país estava sendo tratado e dei o exemplo da pandemia. Se o termo ‘vala’ foi pejorativo ou forte, eu peço desculpas. Não tenho problemas em registrar se houve excessos na palavra. Não houve intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém”, disse.

“Reconheço que foi um termo infeliz, foi um termo ali do calor da fala. O termo ‘vala’ não combinou. Já pedi desculpas por isso. É natural que quem faz política tenha coragem e a hombridade para entender. (…) Eu sou um homem de igreja, tenho fé em Deus. Jamais eu faria comparação do termo ‘vala’ com a morte”, completou.

A fala original que gerou controvérsia

Na última sexta-feira (2), em América Dourada, o governador usou o termo “leva todo mundo pra vala” em referência ao ex-presidente  e seus eleitores:

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele, e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota numa enxedeira… Sabe o que é um enxedeira? Uma retroescavadeira. Bota e leva todo mundo pra vala”, disse Jerônimo.

A declaração provocou revolta de parlamentares da oposição, que a classificaram como apologia à violência e discurso de ódio. A declaração também motivou uma notícia-crime no STF apresentada pelo deputado Diego Castro (PL-BA).

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