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Facebook acusa governo Lula de tentar impor censura via STF e alerta para risco à liberdade de expressão

Meta contesta pedido da AGU ao supremo e diz que ação paralela ameaça princípios jurídicos básicos

O Facebook, controlado pela empresa Meta, manifestou-se nesta terça-feira, 27, contra o pedido de urgência apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte regulamente a responsabilização de plataformas digitais pelo conteúdo publicado por usuários.

A empresa afirmou que o pedido representa um risco à liberdade de expressão e pode abrir caminho para uma forma de “censura privada“.

A solicitação da AGU inclui casos como fraudes no INSS, o polêmico “desafio do desodorante” no TikTok e a divulgação de um suposto remédio para emagrecer com menção indevida à Anvisa.

Meta acusa governo de tumultuar processo judicial

Segundo a Meta, o governo está gerando um “tumulto processual” ao mover pedidos semelhantes em diversas instâncias judiciais. Essa conduta, de acordo com a empresa, fere os princípios da boa-fé processual e da unicidade da jurisdição.

A empresa ressaltou que já responde a uma ação na Justiça Federal de Brasília, onde o governo busca impor limites ao uso de inteligência artificial nas plataformas.

No entanto, o novo pedido ao STF seria uma tentativa de obter decisões paralelas sobre o mesmo tema.

A empresa destacou que conta com 40 mil profissionais dedicados à segurança digital em suas plataformas, incluindo WhatsApp e Instagram.

Entre os dias 10 e 21 de janeiro, os sistemas internos da Meta removeram meio milhão de anúncios suspeitos sem necessidade de decisão judicial.

A Meta considera que isso comprova seu compromisso com o combate à desinformação, e afirma que o governo ignora os mecanismos existentes, como detecção automática, revisão humana e colaboração com autoridades.

Por fim, alerta que pressões para regulação judicial podem levar plataformas a exercer censura excessiva, por receio de sanções legais.

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